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Fernando Ferreira
: Carraça (Rhipicephalus sanguineus) 02 de Maio de 2017 Malta - Vila do Conde - Portugal Nome científico: Rhipicephalus sanguineus (Latreille, 1806) Nome comum: Carraça Família: Ixodidae O que são as carraças? As carraças são parasitas que se instalam na pele, que se alimentam do sangue e que podem transmitir doenças graves, tanto ao animal como ao Homem. São mais comuns em cães, mas também podem parasitar em gatos. Existem cerca de 800 espécies de carraças em todo o mundo, embora em Portugal a mais comum é a espécie Rhipicephalus sanguineus, uma carraça de corpo castanho que parasita frequentemente o cão na zona das orelhas, pescoço e patas. A carraça da ovelha (Ixodes ricinus) e a carraça dos pântanos (Dermacentor reticulatus) são as mais comuns na Europa. Após se alimentarem do sangue do hospedeiro as fêmeas adultas caem para o chão onde fazem a postura dos ovos. Uma carraça adulta pode produzir milhares de ovos - entre 2000 a 20.000 ovos - e algumas espécies chegam a fazê-lo duas vezes por ano. Os ovos, no solo desenvolvem-se ao encontrar condições propícias, especialmente zonas de vegetação baixa ou de altura média e com humidade. As carraças estão activas normalmente entre o inicio da Primavera até ao fim do outono em climas temperados, sendo que em climas mais quentes estão activas o ano todo. Também podem estar activas no Inverno, especialmente se a temperatura manter-se acima dos 7ºC. Em Portugal as carraças estão activas durante todo o ano. As carraças são pequenas e não conseguem voar ou saltar, somente rastejar. As carraças adultas possuem quatro pares de pernas, sendo que as larvas de carraças somente possuem três pares de pernas. Podem ser vistas a olho nu quando se encontram em adultas, sendo mais difícil de ver se ainda forem somente larvas. Doenças: As Doenças Transmitidas por Carraças (DTC) constituem um perigo para a saúde animal e para a saúde pública pelas consequências que representam e por poderem levar à morte, caso não seja feita uma intervenção rápida, revela a Direcção Geral de Saúde (DGS). Lesões pela acção das suas peças bucais na pele; Efeitos tóxicos provocados pelas neuro-toxinas presentes na saliva das carraças que podem provocar a paralisia do hospedeiro; A sua capacidade de ingestão de grandes quantidades de sangue que pode levar à anemia e a um estado de debilitação generalizado; Transmissão de outras doenças causadas por protozoários, bactérias e vírus. Febre escaronodular, a chamada "febre da carraça". Como remover as carraças? Use uma pinça de pontas finas ou um instrumento específico para remoção de carraças, agarre a cabeça da carraça no ponto de fixação e o mais próximo possível da pele; Com um suave movimento circular, rode até a carraça se desprender da pele; Depois de remover a carraça, lave o local afectado com água morna e um sabão neutro; Observe a zona da picada nos dias seguintes, se a ferida não se revolver consulte um Médico. Foto e edição de: Fernando Ferreira |
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