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Constitui-se por catorze cruzes em pedra, dispostas ao longo das Ruas: da Igreja, do Souto do Gago, e acabando na do Senhor das Cruzes. Aquela, antigamente, tinha o seu começo numa cruz junto ao portão do cemitério (lado sul), e a partir daí sucessivamente todas as outras até ao termo do seu percurso em espaço próprio consagrado ao Senhor das Cruzes. Aqui, este propriamente dito, configura-se com quatro que do lado Sul precedem o Calvário, e por fim mais uma do lado Norte deste. Aí, adentro desta extensão do Senhor das Cruzes, existe vedado o dito Calvário, que dispõe duma galilé, cuja abriga as três cruzes simbolicamente mais importantes: "a de Cristo, a do Bom Ladrão (Dimas) e a do que se não arrependeu (Gestas)"; a) "Por investigações inéditas, conhece-se que originariamente este lugar do Senhor das Cruzes se chamava Outeiro. E como este topónimo, segundo investigadores que invocam a profunda etimologia, designava cemitério ou necrópole, assim, a via sacra de hoje, não é uma casualidade histórica; ratificada pela data inscrita na cruz principal em consequência da sua "fundação" urbanística de 1714, e que beneficiou dum restauro em 1879; mas é sim, uma consolidação da continuidade cristã, originária dum anterior culto aos mortos, prestado pelos antigos cristãos aos seus antepassados pagãos.
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